domingo, 14 de dezembro de 2014

AK-47 - russa Avtomat Kalashnikova obraztsa 1947 goda

AK-47, sigla da denominação russa Avtomat Kalashnikova obraztsa 1947 goda ("Arma Automática de Kalashnikov modelo de 1947")

TipoRifle automático
Local deorigem União Soviética
História operacional
Em serviço1949 - act.
Histórico de produção
CriadorMikhail Kalashnikov
Data de criação1947
Período de
produção
1947 - atualmente
Quantidade
produzida
Mais de 100 milhões de unidades
VariantesAK-47, AK-47/1952, AKS-47, RPK, AKM, AK-74, AK-101, AK-103 e AK-107
Especificações
Peso3,8 kg (descarregada)
4,3 kg (carregada)
Comprimento870 mm
Comprimento 415 mm


fuzil de assalto AK-47 (Avtomat Kalashnikova - 47, fuzil automático Kalashnikov, modelo de 1947) surgiu na União Soviéticalogo após o fim da Segunda Guerra Mundial inspirado no fuzil de assalto alemão Sturmgewehr 44, sendo o fuzil mais fabricado de todos os tempos. Estima-se que o número de exemplares produzidos tanto na Rússia como sob licença em países como a BulgáriaChinaHungriaÍndiaCoréia do NorteRomênia entre outros, chegue a impressionante cifra de 90 milhões. Países como a Finlândia e Israel também basearam-se no projeto deste fuzil para produzirem seus modelos M62 eGalil respectivamente. É caracterizado por sua grande rusticidade, facilidade de produção em massa, simplicidade de operação e manutenção, além de reconhecida estabilidade em baixas e altas temperaturas. Deixa a desejar nos requisitos precisão, ergonomia e PESO.
Fuzis da "família AK".

AK-47
OTs-14 Groza
AK-74
AN-94
AK-12
AEK-971
Seu funcionamento se dá de modo similar aos demais fuzis de assalto, pelo aproveitamento indireto dos gases que são desviados da parte posterior do cano até um cilindro montado acima deste, onde pressionam um êmbolo de longo curso que aciona o recuo do ferrolho de trancamento rotativo. O ferrolho desliza sobre dois trilhos na caixa da culatra com uma folga significativa entre as peças móveis e fixas, o que permite que opere com o seu interior saturado de lama ou areia. Disparamunição 7,62 x 39 mm nos modos automático e semi-automático. Seu registro de tiro e segurança é considerado por muitos sua principal desvantagem, não corrigida nos modelos posteriores. É lento e desconfortável, exige esforço extra para operar, especialmente com luvas, e quando acionado produz um "clique" alto e distinto. Outra desvantagem é a posição do ferrolho, que permanece fechado após o último tiro.
É alimentado por um carregador tipo cofre metálico bifilar de trinta projéteis, com retém localizado à frente do guarda-mato. Outros tipos de carregadores como o de quarenta projéteis ou o tambor de 75 projéteis da RPK também podem ser usados. Seu aparelho de pontaria é graduado de 100 m a 1000 m (800 no AK), e um ajuste fixo que pode ser usado para todas as faixas de até 300 metros. Pode também pode ser equipado com lançador de granadas montado sob o cano. A versão de coronha dobrável foi desenvolvida para as tropas aerotransportadas e denominadas AKS (AKMS). Os AK foram concebidos com baionetas destacáveis do tipo faca, que associada a sua bainha transforma-se numa tesoura de cortar arames.
No final de 1942, tropas soviéticas capturaram vários dos MKb42 alemães, juntamente com munição 7,92 mm. Em meados de1943, o MKb.42 (H), juntamente com a carabina M1 dos EUA foram avaliados por especialistas soviéticos, e foi decidido que uma arma semelhante, disparando um cartucho de poder intermediário, devia ser desenvolvida para o Exército Soviético logo que possível. A tarefa de desenvolvimento inicial da nova munição foi implementada em tempo bastante curto. Por novembro de 1943, especificações técnicas para o cartucho 7,62 x 41 mm com culote foram enviadas a todos os pequenos escritórios soviéticos de design de armas. Na primavera de 1944, havia pelo menos dez projetos de armas automáticas em andamento (não contando carabinas semi-automáticas). Em meados de 1944, um comissão selecionou um modelo designado AS-44 projetado por Sudaev, como o melhor conjunto, e ordenou uma produção limitada para ensaios com a tropa. Alguns AS-44 foram fabricados na primavera de 1945, e avaliados no verão, logo após a vitória na Europa. O modelo agradou, porém o AS-44 era muito pesado (mais de 5 kg de PESO vazio), e a comissão ordenou uma próxima rodada de desenvolvimento e testes, que começou no início de 1946.
Mikhail Kalashnikov, um jovem sargento das forças blindadas soviéticas que fora ferido em combate em 1942, concebeu um protótipo de pistola-metralhadora enquanto estava de licença médica. Sua primeira arma foi indeferida em razão da complexidade, no entanto ele foi designado ao órgão de investigação e desenvolvimento de armas leves doExército Vermelho perto de Moscou, para continuar a sua educação e trabalho em outras armas. Aqui Kalashnikov projetou uma carabina semi-automática, fortemente influenciado pelo fuzil M1 Garand. Esta carabina, embora não tenha sido bem sucedida por si só, serviu como ponto de partida para seu primeiro fuzil de assalto, provisoriamente conhecido como AK No.1 ou AK-46.
Em novembro de 1946, o projeto do AK-46 foi escolhido para a fabricação de protótipos, juntamente com 5 outros projetos (de 16 apresentados à comissão). Kalashnikov foi enviado para a cidade de Kovrov (também não muito longe de Moscou) para fabricar a arma numa pequena fábrica de armas ali existente. O AK-46 era operado a gás, com ferrolho rotativo que utilizava um pistão para aproveitamento indireto dos gases logo acima do cano, e controles duplos (segurança e chave seletora de fogo separados, no lado esquerdo da unidade de disparo ).
Cartucho do fuzil.
Em dezembro de 1946 novos fuzis foram testados, com AS-44 sendo usado como unidade de controle (embora seu desenvolvimento tenha cessado antes, em 1946, devido à morte prematura de Sudaev, que estava gravemente doente desde 1945). Como um primeiro resultado destes testes, o AK-46 foi selecionado para o desenvolvimento de ensaios de comissão, com outras duas armas dos designers e Dementiev e Bulkin. Na segunda fase de ensaios, que incluía três armas (AK-46 por Kalashnikov, AB-46 por Bulkin e AD por Dementiev), resultou na rejeição da AK-46 melhorada, que foi inferior aos outros em vários aspectos. Apesar dessa falha, Kalashnikov, usando seus contatos e apoio de algum membro da comissão de estudos (que conhecia de seu trabalho anterior na NIPSMVO em 1943-46)[carece de fontes] teve luz verde para continuar o seu desenvolvimento para a próxima rodada de testes. Após a falha técnica do AK-46, Kalashnikov e seu companheiro designer Zaitsev (que era um designer de armas na fábrica Kovrov) decidiram reformular completamente a concepção, com o uso de soluções técnicas bem sucedidas emprestadas de várias armas, incluindo seus concorrentes diretos. Por exemplo, o pistão de gás a longo-curso ligado ao ferrolho rotativo, juntamente com a montagem de retorno por mola, foram aparentemente inspirado do modelo AB Bulkin-46; a ideia de grandes distâncias entre o conjunto do ferrolho e as paredes da caixa da culatra, com atrito mínimo das superfícies, foi inspirada no Sudaev AS-44; a alavanca de segurança foi copiada do rifle de caça Remington modelo 8 projetado por Browning, etc.
Essa cópia e empréstimo de idéias realmente foi incentivada pela Comissão, pois toda propriedade intelectual na URSS era considerada propriedade do 'povo', ou do Estado. Assim, todas as empresas estatais poderiam utilizar-se das propriedades intelectuais existentes. E a criação de um novo fuzil de assalto mais eficaz para o vitorioso Exército Soviético estava certamente no topo da lista das prioridades.
Soldado iraquiano com uma AK-47 em 2005.
Após extensos testes, realizados em dezembro de 1947 e Janeiro de 1948, que incluíram melhoramentos nos três modelos, os resultados foram pouco conclusivos. O AK-47 foi concebido para ser o mais durável e confiável dos três concorrentes, porém perdia em precisão para os outros, especialmente no modo automático (que era, e ainda é considerado o principal modo de fogo na doutrina russa/soviética). Na verdade, a única arma que cumpriu os requisitos de precisão o AB Bulkin-47, mas teve alguns problemas com a durabilidade das peças. Após longa discussão, a comissão de estudos finalmente decidiu que o mais preciso não necessariamente é o mais confiável. Esta decisão de última instância levou a Comissão a recomendar o AK-47 para ensaio com a tropa em novembro de 1947. Foi decidido que a produção da nova arma devia ser iniciada na fábrica de armas Ijevsk (atual edifício Ijevsk Machine Plant Ijmash). Kalashnikov passou de Kovrov para Ijevsk para colaborar com a produção da nova arma, que teve início em meados de 1948. A adoção oficial seguiu-se no final de 1949, com a nomenclatura padrão qde "7,62 milímetros Avtomat Kalashnikova AK" (7,62 mm carabina automática Kalashnikov). Ao mesmo tempo, uma versão de coronha dobrável foi aprovada para o uso em unidades aéreas, como "7,62 milímetros Avtomat skladnoy Kalashnikova AK S' (7,62 mm carabina automática Kalashnikov, dobrável).
A concepção original da caixa da culatra, que foi construída em caixa de aço estampada, causou uma série de problemas na fábrica. A tecnologia (equipamentos e mão de obra) da época resultou numa percentagem muito elevada de malformações na paredes, fixação inadequada das peças e geometria ruim. Após a revisão crítica do processo na fábrica, decidiu-se que seria mais economicamente viável regressar ao "velho" método de usinagem. Após aprovação dos militares, foi colocado em produção em Izhmash em1951, sob a mesma denominação de base.


  Da Ak-47 à AKM


Ao longo dos anos seguintes, o projeto do AK incorporou muitas pequenas alterações e atualizações, mas foi o fuzil de assalto experimental Korobov TKB-517 (testado pelo Exército Soviético em meados dos anos 1950), que estimularam um maior desenvolvimento do AK. O Korobov TKB-517 era muito mais leve que o AK e com custo de produção de 2/3 deste, e significativamente mais precisa em fogo automático. Esse avanço levou o Exército Soviético a emitir novas exigências para um modelo mais leve e mais eficaz, que foram formuladas em 1955. Estes requisitos foram complementados pela exigência de um modelo complementar de apoio de fogo (fuzil-metralhadora). Ensaios das novas armas foram realizadas em 1957-58. Kalashnikov e sua equipe de Ijevsk apresentaram uma melhora com um novo tipo de caixa da culatra e outras pequenas melhorias, que concorreu com outras equipes de design a partir do Kovrov e Tula. Em termos técnicos, a proposta de Kalashnikov teve desempenho mediano nestes ensaios, com seus rivais provando ser mais eficazes e menos dispendiosos de fabricar. A comissão de estudos, no entanto, decidiu novamente pelos mesmo critérios, e recomendou o AK para adoção devido ao seu desempenho comprovado e familiaridade com a indústria e as tropas. Foi adotado oficialmente em 1959 como rifle - o AKM (Avtomat Kalashnikova Modernizirovannyj - Automática Kalashnikov Modernizada), juntamente com arma de apoio RPK, versão de cano mais pesado.
Como principais alterações o AKM apresentou a introdução da caixa da culatra em aço estampado, e dispositivo de boca para anular/reduzir o momento que tende a levantar o cano da arma quando do disparo. Outras mudanças foram o redesenho da coronha ligeiramente levantada e a empunhadura do punho tipo pistola. O compensador de boca pode ser substituído por um silenciador. Isto requer um silenciador especial e munição sub-sônica. Outra mudança do AKM foi uma melhora da alça de mira, com escalonamentos de 100-1000 (em vez dos 800 da AK) metros. Ambos os 800 metros e 1000, no entanto, são demasiado otimistas para qualquer uso prático, uma vez que o fogo efetivo é limitado a cerca de 300-400 metros, se não menos.
Em 1974, o Exército Soviético oficialmente adotou a munição 5,45 mm e o fuzil AK-74 seu novo armamento padrão. O AKM, no entanto, nunca foi oficialmente declarado obsoleto e retirado de serviço, e ainda está em unidades do exército russo. Algumas unidades de apoio ainda estão armadas com modelos AKM. Há também um crescente interesse nas armas 7,62 mm, pois as tropas ficaram desapontados com a baixa eficácia da munição 5,45 mm durante os conflitos locais na década de 1990. Algumas forças especiais (principalmente da polícia e do Ministério de Assuntos Internos), atualmente operam na Chechênia, com fuzis AKM.
Os modelos AK e AKM foram amplamente exportados para os países pró-soviético em todo o mundo. Licenças de fabricação e pacotes de dados técnicos foram transferidos (gratuitamente ou com taxa nominal) para muitos países do Pacto de Varsóvia (Albânia, Bulgária, China, Alemanha Oriental, Hungria, Coréia do NortePolónia, Roménia,Iugoslávia). Países amigos, como o Egito, Finlândia e Iraque, também receberam licenças de fabricação.
Atualmente, apesar da proliferação do calibre 5,56 / 5,45 mm, muitas empresas continuam a fabricar fuzis 7,62 mm para uso militar ou policial (por exemplo, há uma AK-103, feito em limitada números pelo IZHMASH na Rússia). Além disso, a produção das AKs semi-automáticas continua em muitos países, incluindo a RússiaBulgáriaRomêniaChina, entre outros.

  Reputação


Tem alta reputação entre especialistas por sua resistência à águaareia e lama, bem como por sua manutenção simples. Tem a fabricação de baixo custo e curto período de tempo, com cadência de 600 tiros/minuto. A velocidade do projétil na boca do cano é de 721 m/s, com munição calibre 7,62 x 39 mm (cartucho curto, padrão russo).
Em comparação a seu maior rival, o fuzil de fabricação norte-americana M4A1, o AK-47 tende a ser mais confiável e mais resistente aos elementos supracitados, também exigindo menos cuidados de limpeza e manutenção.

Quando comparada a espingardas modernas, a sua fama é folclórica, visto que contem muitas partes móveis, prejudicando a precisão de disparo, é muito ruidosa, é muito pesada, tendo em média, 4,3 kg (sem o carregador de munição, que pode conter 20, 30 ou 90 cartuchos) e tem um raio de ação eficaz de apenas 300 m, bem abaixo dos fuzis modernos.

 Variantes



  • AK-46: protótipo que deu origem ao AK-47;
  • AK-47: modelo de produção inicial, com uma caixa de culatra de metal estampado do Tipo 1;
  • AK-47/1952: modelo com uma caixa de culatra maquinada, coronha e guarda-mão de madeira e câmara e cano cromados para resistirem à corrosão;
  • AKS-47 ou AK-47S: variante da AK-47 com coronha metálica dobrável, para uso no interior de veículos fechados;
  • RPK: variante de apoio de fogo, com cano mais longo e bipé;
  • AKM: variante aperfeiçoada e mais leve da AK-47. Dispõe de uma caixa de culatra do Tipo 4, feito de metal estampado e rebitado, um dispositivo na boca do cano para contrariar o seu levantamento em fogo automático e uma redução de PESO para os 3,61 kg;
  • AKMS: versão de coronha rebatível para baixo da AKM, para uso de tropas aerotransportadas;
  • AK-74: versão de calibre 5,45 x 39 mm;
  • AK-74N: versão da AK-74 com dispositivos de visão noturna
  • AKS-74: Variante da AK-74 com coronha feita em aço dobrável para esquerda;
  • AK-101: versão de calibre 5,56 mm NATO, destinada ao mercado de exportação;
  • AK-103: versão combinando os aperfeiçoamentos introduzidos na AK-74 com o calibre 7,62 x 39 mm;
  • AK-107: versão aperfeiçoada da AK-74.
  • AK-9: adição mais recente à família, em 2006.






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